domingo, 21 de dezembro de 2014

Relações de Verdade!

Sempre será diferente. O joão do Renato, o Renato do Paulo, e o Paulo será diferente também do Danilo e assim sucessivamente. Em todos os garotos que me apaixonei aprendi alguma coisa. Alguns despertaram em mim uma pessoa séria, outros uma garota segura, alguns bagunçaram minha vida e meus conceitos da cabeça aos pés. Sinceramente, não sei qual foi melhor ou pior para mim. Mas uma coisa eu entendi. Que o amor é calmo, e ele aparece devagar. Por mais que essas relações cheias de idas e vindas sejam emocionantes e empolgantes. Um amor tranquilo é quase como encontrar a paz de verdade. Hoje eu não desligo mais telefonemas no meio de brigas, não fico horas tentando desvendar os mistérios do coração de outra pessoa. Dificilmente sinto medo, não me esforço mais para me sentir querida. Sabe, por mais que amores complicados encham os nossos dias de cenas de novelas, eles não enchem o coração de verdade. Hoje eu prefiro o moço que me conta sobre o seu dia sem eu perguntar, que me acha bonita sem estar de verdade, que mesmo quando estamos estressados e chatos não deixa de dar bom dia, ou de falar qualquer coisa mesmo que seja sem graça. O moço que fala besteiras sem maldade e que parecer fazer a maldade do mundo inteiro sumir. Não existe grandes declarações, nem brigas, nem nenhuma cena digna de filme. Porém na simplicidade de um amor que não maltrata, a gente vai se sentindo completa. Hoje eu desejo a mim e a você, menos cenas e mais sorrisos discretos. Menos grandes emoções e mais carinho em pequenas doses todos os dias. Menos choros e telefones desligados na cara, e mais sinceridade. Menos jogos de conquistas, e mais verdades. Ser feliz é simples. Difícil é ser tão simples.

domingo, 30 de novembro de 2014

"Quando se é jovem, tudo parece o fim do mundo."

"Quando se é jovem, tudo parece o fim do mundo. Mas não é!" Ouvi isso em um filme que assisti ontem, e cara, quanta sabedoria em um filme da disney haha. To realmente orgulhosa da programação que ando vendo. Mas sério agora, vou desabafar o coração. Há um tempo atras pra mim foi o fim do mundo ver o menino que eu gostava com alguém que não fosse eu. Passamos um tempo juntos, e foi o tempo mais confuso e turbulento que se pode imaginar. Regado de brigas, choros, cansativas conversas, e por fim o sustento de algo que já não existia mais. Me pergunto se o apego ao difícil era o que me prendia, se a minha motivação pra continuar, era realmente gostar muito dele ou apenas um jogo obsessivo por vitória. De verdade eu não sei. Já se passaram alguns meses desde isso, arrumei um trabalho, estudei muito, passei na faculdade, fui promovida, encontrei até um outro cara gente boa, viajei, comi em lugares diferentes, comprei coisas que eu queria, paguei contas, fui pré-selecionada pra uma bolsa de estudos, fui ao salão arrumar o cabelo e parece que arrumei a alma também. Resumindo o que você já deve ter percebido. A vida tocou. Ela sempre toca, nos recompomos até mesmo quando dentro de nós parecemos ter desistido. Assim como o cara que eu gostava tocou a vida namorando outra pessoa, e também fazendo outras coisas que o deixavam feliz, eu também segui.. Não foi o fim do mundo, foi um começo. Já disse isso aqui, mas repito, nossas perdas e nossos finais podem ser ruins ou bons, depende de como o vemos. A vida é isso, um eterno ciclo de fins e começos, de adeus dolorosos, mas de dias alegres com novidades. Um dia dormimos tarde nos torturando com lembranças de um fim, no outro dia dormimos tarde falando com alguém que nos arranca sorrisos. Posso falar uma coisa? Que graça teria se não fosse assim? Faz o seguinte, pega o seu "fim". Sorria. Pense nele com carinho dessa vez. E o deixe. Corra para o fim, te prometo que lá também terá um incio, e desejo que ele seja bem mais lindo que o ultimo. Vamos lá, dois dedinhos, paragrafo, letra maiúscula e seja feliz.

sábado, 20 de setembro de 2014

Sobre Perdas e um Instrutor

Hoje logo depois de acordar, recebi uma ligação: "Alô? Posso falar com a Nãmela?", respondi que sim, ele prosseguiu tagarelando sobre uma vaga de emprego, e sobre meu interesse por ela. Depois que eu disse sim, desliguei o telefone e sai pelo corredor dançando e dando pulinhos de alegria. Então a tarde fui para a auto-escola cancelar minhas aulas e remarca-las para o sábado por conta do novo trabalho. Descobri por fim que meu instrutor não dava aulas ao sábado. Eu teria de mudar de instrutor, e na mesma hora meus pulinhos de alegria ficaram mais calmos e tristes. Ai você pode perguntar o porque e pode parecer uma grande bobagem de minha parte, mas eu adorava o meu parceiro de volante, o tiozão que me ensinava e dizia que eu era uma pequena infratora, as risadas que ecoavam e eram quase interruptas por todo o caminho. É engraçado como as vezes gostamos de algumas pessoas não é? Senti muito por isso, e sei que deve estar rindo da minha perda cômica de instrutor (risos). E sinceramente também achei engraçado como isso me afetou. Mas ao mesmo tempo agradeci. Pelo jeito gentil que a vida me mostrou que algumas perdas são necessárias. Algumas vezes precisamos deixar pessoas e coisas das quais gostamos muito para que outras coisas melhores ainda aconteçam. Todos os passos adiante resultam em deixar algo para trás. Vamos lamentar e sentir saudades, vamos nos questionar de nossas próprias decissões, as vezes elas nos farão chorar, e por muito tempo não vamos enxergar uma razão sólida para ter dado os passos que demos a frente. Mas acredite. É necessário. E por sorte no final de nossas histórias ainda vamos sorrir ao lembrar com saudade de nossas perdas, vamos entender os pontos finais, e nos alegrar com eles assim como nos alegramos ao inicio de cada livro novo.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Fique

Ele diz que está cansado. Você sente aquele aperto no peito mas fica quieta esperando um "não vou desistir". Não vem. Ele silencia. Você não está cansada, porque apesar de tudo ainda o quer por perto. Ele se afasta. Você insiste. Ele não liga. Você quer fazer dar certo. Ele quer ir embora. Você tenta segurar. Ele bate a porta. Você fica. E essa parte é a mais difícil. Deixar ir embora quem amamos, é um ato de coragem que parece derrota. Parece derrota ver a porta fechar e ficar parada, parece derrota deixar os momentos bons para trás, parece derrota as causas ganhas postas todas a baixo. Parece derrota depois de tantos "sim" dizer um "não". Parece derrota os beijos jogados fora, parece derrota a energia que depositamos no "para sempre" sendo perdida. Parece derrota não é? Deixa eu te contar... Não é! As pessoas mais corajosas que conheço ficaram, ficaram por que é coragem ver a porta fechar e não correr para impedir, é coragem engolir o ego e deixar livre quem se ama, é coragem dizer "não" porque os "sim" já não satisfazem, é coragem trocar o "para sempre" por "vou seguir em frente", é coragem ser feliz. O contrario do que dizem... Ser feliz está cheio de pontos finais. E pra cada ponto final um recomeço. Então fique. Fique, permaneça firme, porque uma coisa é certa. Certos recomeços fazem valer os fins.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Eai rapaz?

Eai rapaz? Você passa dos 20, que tal decidir fazer diferente? Pega o telefone, liga pra ela! Diz que não deixará mais ela ouvir:"que é melhor sermos amigos". Que não vai mais deixar ela se decepcionar. Diz que vai matar a saudade dela de acordar e ver na tela do celular: "bom dia meu amor." Diz que vai puxa-la pra dançar na chuva. Diz que dará os livros que ela quer ler de presente. Diz que vai segurar a mão dela na rua. Diz que decidiu acabar com os joguinhos e está na porta dela, esperando pra beija-lá. Diz que vai trazer flores, nem que sejam roubadas de um jardim qualquer pela rua. Diz que quer ser o sortudo por ter o coração dela, e não por ter varias no barzinho de sexta-feira na faculdade. Diz que vai esperar. Diz que vai aguentar os defeitos de mulher, e cada manha de menina que ela tiver. Diz que não vai desistir. Diz que vai escutar. E por Deus, diz que ela não precisa mais procurar. Diz que vai ser o melhor amigo dela, o abrigo pros dias maus, e que vai sorrir quando ela cantar e se equilibrar na guia da calçada. Diz que ela é linda desarrumada e sem maquiagem, a ame de cara limpa, de coração aberto, sem mascaras ou farsa. Ela fará o mesmo por você, e a ame mais ainda por isso. E quando ela atender, você vai entender que nessa ligação quem saiu ganhando foi você.

domingo, 31 de agosto de 2014

Olhar para a porta

Todos os anos desde 2009, Abril me deixa nostálgica. Pensar que histórias são contadas e não acabadas me deixam com aquela breve sensação de "sei lá". Gosto de saber que guardo tantas lembranças desde a primeira semana de aula.. a minha primeira amiguinha da 5° série dizendo: "tem um menino muito gato na sala rs", naquela época não se falava assim é claro, mas me lembro de alguma frase que significava isso rs. Não tinha visto o tal "menino" nos dias seguintes até que ele resolveu aparecer. Briguei com a amiguinha rs, e adivinha? fui parar do lado dele! Não me lembro se foi de proposito ou se foi sem querer mesmo rs..
Foi um longo ano..
Me lembro de caprichar na letra das atividades de português afinal com 11 anos é uma das maneiras que usava-se pra impressionar um garoto rs. Na 5° série eu era uma aluna bem aplicada diferente de hoje.. eu não costumava ficar nos corredores conversando, mas o menino bonito sim! kk. Então eu me sentava na carteira e sempre via ele atravessar a porta.
Enfim viramos amigos... E mp3 era a descoberta do século então sentávamos juntos e escutávamos rádio FM, não me lembro a estação, mas não importava, quando se é pequena não se quer muita coisa além de estar perto de quem a gente gosta!
Falávamos das menininhas que ele ficava, e das brigas que qualquer mlk arruma nos primeiros anos da escola, a gente falava das brigas das meninas também rs e das fofocas que eu as vezes, repito "as vezes" me metia.. kk
Depois que as coisas começaram a mudar, o vi poucas vezes. Teve uma! que todas as vezes que passo pelas escadas do João Carlos e subo uma pequena rampa que da acesso ao patio me lembro. E é quase inevitável não parar por um minuto e sentir meu coração mais apertado!
Por mais de um ano eu olhei pra porta da sala com a esperança de vê-lo atravessa-la, igualzinho na 5° série.. A verdade é que olhei ainda por muito tempo depois!
A gente imagina que depois de um tempo passa, E até superamos e esses hábitos vão ficando raros, mas de vez em quando eles aparecem, e sabe.. já não se sente mais dor, vem aquele sorriso! de saber que ele permanece tão vivo, tão intacto, tão Léo. As calças largas, o boné, o jeito de brincar e falar que infelizmente já não são tão nítidos na minha memória.. mas estão lá. Eu devia ter feito muita coisa que não fiz, devia ter dito muito mais, sei que eramos pequenos, e a verdade é que hoje eu sei que eu não precisava dizer mesmo.. Sei que sabia!
Escrever tudo isso deixa a gente com o coração muito pequenininho, mas é assim.. passamos apenas a lembrar com alegria de todos esses momentos, e não dos " e se .." , "e se ..". Lembrar de cada detalhe, de cada coisa que antes passava despercebida, e vamos guardando tudo o que é possível, esse é o tipo de coisa que vamos ter 100 anos e ainda vamos olhar para a porta as vezes rs, vamos tentar lembrar da voz, e vamos parar nos lugares e reviver..
Sinto sua falta! Eu não precisava e nem preciso dizer o quanto foi importante e especial pra mim.. eu sei que você já escutou e ainda escuta do céu, as nossas histórias.

Amadurecer dói

Ouvi uma vez, que amadurecer dói. E é verdade, chega uma idade em que queremos carregar o mundo nas mãos, nos apressamos em realizar nossos objetivos quase que desesperadamente. Saímos de casa as seis da manhã e voltamos as onze da noite, corremos do ônibus ao metro, do metro ao ônibus. Sem contar a vida amorosa, que quase sempre é um amontoado de pensamentos e confusões. Somos meninas, cobradas pela vida a sermos Mulheres.
Mulheres que andam com meia de dedinho a noite pela casa. Mulheres que se equilibram na ponta da calçada. Que compram chocolate quando estão tristes. Mulheres que se pegam assistindo filmes da Disney as vezes. Mulheres que se escondem no quarto quando esta tudo muito difícil.
E sabe? Não há mal nisso. Sempre seremos grandes meninas por trás das nossas responsabilidades, por trás da foto da carta de habilitação sempre tará uma menininha que se aconchega nas almofadas do sofá pra assistir programas de faixa etária de dez anos. Amadurecer é doloroso sim, mas deixar-se crescer demais também.